Na coleta de amostra com ou sem jejum, é recomendado que o laboratório informe no laudo o estado metabólico do paciente no momento da coleta da amostra (tempo de jejum). Quando houver, na mesma solicitação de perfil lipídico, outros exames que necessitem de jejum prolongado, o laboratório clínico poderá definir o jejum de 12 horas para todos os exames.
Recentemente no Brasil houve uma atualização nas Diretrizes para a Avaliação no Perfil Lipídico com a redação do Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. Este dispensa a necessidade de jejum de 12 horas para exames do perfil lipídico. Sendo assim, Colesterol Total (CT), LDL‐C, HDL‐C, não‐HDL‐ C e Triglicerídeos (TG) podem ser dosados fora do jejum. O Consenso descreve algumas das motivações para a não obrigatoriedade do jejum na maioria dos casos. Dentre elas, está a constatação do avanço das metodologias diagnósticas, o consumo de alimentos antes da realização desses exames – desde que habituais e sem sobrecarga de gordura -, causa baixa ou nenhuma interferência na análise do perfil lipídico. Além disso, é descrito que as dosagens realizadas após as refeições habituais são mais práticas e seguras em algumas situações. De acordo com o Consenso se evita que o paciente diabético, por exemplo, corra o risco de uma hipoglicemia por causa do jejum prolongado, entre outros transtornos e intercorrências mais comuns em gestantes, crianças e idosos. Além de mais comodidade para o paciente, outro benefício decorrente da flexibilização, é a oportunidade que os laboratórios de análises clínicas têm de otimizar seu fluxo de atendimento, com mais horários disponíveis para a coleta, reduzindo assim o congestionamento especialmente no início das manhãs. Essa prática já é realidade nos EUA, Canadá e em alguns países da Europa e a intenção é que seja gradualmente aceita pelos laboratórios de análises clínicas no Brasil.
De acordo com o Consenso, o médico é quem deverá avaliar os casos em que ainda pode ser necessário o jejum prolongado para esses exames, como, por exemplo, quando o paciente apresenta concentração de TG acima de 440 mg/dL, fora do estado de jejum, sendo considerado como referência o nível desejável até 175 mg/dL. Neste caso, a orientação ao médico que solicitou a avaliação do perfil lipídico é fazer outra prescrição ao paciente para a avaliação do TG, com o jejum de 12h, e dessa forma será considerado um novo exame de TG pelo laboratório.
O curso iniciará com uma explanação teórica sobre bioquímica e metabolismo de lipídios, triglicerídeos, colesterol total e suas frações. Após um breve intervalo será apresentado o Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico e resolução de casos clínicos.
Aula expositiva dialogada com uso de slides e de Datashow.
Drª Juliane Rossato
Biomédica graduada pela Feevale (2006), especialista em Biologia e Genética Forense pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2007), Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009) e Doutora em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2017).
Drª Cláudia Funchal
Farmacêutica Bioquímica (Universidade Católica de Pelotas - 1998), Mestre (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - 2002), Doutora Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e Pós - doutora em Ciências Biológicas: Bioquímica Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006).
NESQV e UC SOCERGS
Dra Cláudia Funchal e Dra Juliane Rossato
Dia 1
Noite
19h00 / 19h30 – Bioquímica e metabolismo de lipídios
19h30 / 20h00 – Bioquímica e metabolismo de triglicerídeos e colesterol e suas frações
20h00 / 20h30 – Exames bioquímicos para avaliação do perfil lipídico
20h30 / 20h45 – Intervalo
20h45 / 21h45 – Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico
21h45 / 22h00 – Considerações finais, dúvidas e encerramento.
Atividade distribuída entre teoria e prática, capacitando os participantes a realizarem suas mudanças de atitudes em busca dos melhores resultados, entender os diversos contextos e antever sua forma de se posicionar, ajustado ao contexto onde estiver inserido.
Alinhamento e harmonização entre as instituições e profissionais envolvidos desde o pedido do exame até o diagnóstico final, pois a partir da liberação do Consenso os laudos dos laboratórios clínicos em todo território nacional foram alterados. E novos valores de referência e valores de alvo terapêutico para o perfil lipídico de adultos, crianças e adolescentes foram estabelecidos
VALOR POR ALUNO | - EM BREVE |
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